Personalidade da semana
Virgínia Gesualto nasceu em 15 de abril de 1914 em Santa Cruz das Palmeiras (SP). Morou em Olímpia e Poloni, onde casou-se com Amadeu Docusse, falecido há 12 anos. Da união tiveram 5 filhos, Antônio José, Neide, Cirlei, Valter e Leda Maria, que deram a ela nove netos, que geraram nove bisnetos.
Chegou a Floreal em 1946. Na época era apenas um vilarejo, como conta Virgínia. “Existiam poucas casas e tinha a Igreja e lá era tudo grama em volta e os animais pastavam. Tinha também uma barraca para realizar quermesses. Era tão mixuruca, não tinha nem energia elétrica”, conta.
O comércio da época possuía algumas casas, como Casa Perezi, Farmácia do Senhor Antônio Vendite e o armazém do senhor Domingo Hernandes, pai adotivo do Clodovil Hernandes. “Quando Clodovil era pequeno vinha sempre na minha casa e me pedia um santinho que eu tinha amarrado em uma fita amarela, pois ele adorava colecionar essas coisas, até que um dia eu dei o santinho pra ele e foi uma felicidade imensa”, lembra Virgínia.
Virgínia frequentou os estudos até o terceiro ano da época e passou a maior parte da vida trabalhando em casa. Possuía uma habilidade imensa para fazer farinha de mandioca. Também colhia limão e os espremia para juntar polpas em saquinhos e congelar para quando precisasse já teria, sem falar nos deliciosos pães caseiros, que costumava fazer.
“Mãe exemplar, graças a Deus nos deu boa educação e se tornou uma pessoa muito querida na cidade”, afirma o filho, Valter Docusse.
Pessoa muito católica, Virgínia frequentou missas até quando pode. Hoje com cem anos de idade a locomoção não é mais uma tarefa fácil, por isso, parou de ir a Igreja. Ela também é a pessoa mais antiga da cidade.
Conhecida, estimada, querida e generosa, recebe sempre muitas visitas. “Eu adoro receber visitas em minha casa”, diz. Ela ainda menciona o amor que tem pela cidade. “Aqui criei meus filhos e aprendi a amar essa terra”, finaliza Virgínia.